Este ano, como quase sempre de 2 em dois anos, os Santos chegam em plena eufórica participação de Portugal no Euro. Tudo junto e temos uma overdose patriótica e bairrista, sentimentos que bem vividos são um excelente booster para sobreviver ao resto do ano a ver noticias deprimentes nos telejornais, percentagens do PIB, do crescimento, do desemprego, das dívidas, aquecimento global, terramotos, cheias, secas e os miseráveis jogos do Glorioso. Tudo fica para trás quando juntamos à nossa bandeira e aos golos bem portugueses do Pepe e do Deco, o cheiro da sardinha, os encontrões nas ruas de alfama, a redescoberta das colinas, os festões, as marchas, os manjericos e a música mesmo mesmo popular.
Este é o nosso cocktail antidepressivo, a nossa Pátria em forma de selecção, a nossa cidade vestida de Santos.
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